O TRÁFICO DE DROGAS E O CRIME ORGANIZADO
Liberalizar, descriminalizar, regularizar...
Iniciamos com breves definições das palavras supracitadas:
Liberalizar: Dar com liberalidade; prodigalizar.
Descriminalizar: é retirar determinado comportamento do rol dos crimes previstos como tal no Código Penal.
Regularizar: Tornar regular; normalizar.
Percebemos certa tendência a ignorar a definição das palavras e em alguns casos “juntar” todas em uma.
Por exemplo, descriminalizar não é o mesmo que legalizar.
Na descriminalização as substâncias ilícitas continuam proibidas, com a diferença de que os usuários deixam de responder a processos criminais. DETALHE: usuários! A quem vende não se aplica a descriminalização.
Na legalização, não somente o uso como também a produção e a venda passam a ser legalizadas.Desta forma as drogas seriam taxadas e controladas pelo Estado, em suas especificidades, como ocorre com o cigarro e o álcool.
Argumentado por alguns defensores da legalização, é que a proibição alimenta o crime organizado, sem resultados efetivos na redução do consumo. A sugestão é que os recursos sejam direcionados ao tratamento médico dos dependentes e à prevenção por meio de campanhas educativas.
Por outro lado, há dúvidas a respeito da capacidade do governo brasileiro, por exemplo, de criar uma rede de atendimento, principalmente em regiões mais carentes que hoje não dispõem sequer de atendimento médico básico.
Nas palavras de FHC relatando experiências da Holanda (que o uso da maconha é regularizado) e Portugal:
“Eu não estou pregando isso para o Brasil, porque a situação é diferente, o nível de cultura, riqueza e violência é diferente. Cada país tem que buscar seu caminho. É isso que eu acho fundamental. Quebrar o tabu, começar a discutir e ver o que nós fazemos com a droga”.
O momento é de discussão.
Já opositores da descriminalização leva a liberar, e com a liberalização, tornariam drogas como a maconha mais acessível, aumentando a