o tipo na arquitetura
O tipo na arquitetura é usado não como fonte de produção fiel de uma edificação, mas como parâmetro referencial de algo existente na década de 1960, a partir da retomada principalmente por teóricos italianos, das questões tipológicas. Muitos profissionais passaram a se preocupar novamente com as contribuições que um estudo tipológico traria ao desenvolvimento projetual.
Vista como um objeto único, original ou por outro lado, como um objeto que permita a repetibilidade, a produção em série, a obra arquitetônica é norteada por essas duas questões antagônicas. Sobre a arquitetura pensada nesses termos, Rafael Moneo diz: “...A essência do objeto arquitetônico se encontra em sua repetibilidade”. Qualquer obra de arquitetura permite ser a base para outra igual ou semelhante, e entre a igualdade ou semelhança, isso posto, fica levantada a hipótese do apoio da tipologia ao processo de projeto, participando de uma metodologia de projeto.
Segundo o próprio Moneo, o tipo pode ser definido como aquele conceito que descreve um grupo de objetos caracterizados por ter a mesma estrutura formal. O conceito de tipo se baseia fundamentalmente na possibilidade de agrupar os objetos servindo-se daquelas similitudes estruturais que lhes são inerentes, poderia dizer inclusive que o tipo permite pensar em grupo.
Porém o uso do tipo como participante do método de projeto encontra algumas argumentações contra, sendo a mais frequente, a de que a escolha de um determinado tipo no processo de projeto limita, tira a liberdade e induz a uma repetição sem reflexões. O conceito de tipo traz uma ideia de mudança e transformação, a repetição de certas formas não deve ser creditada à utilização do tipo, mas prefere pensar que “para idênticos problemas, idênticas soluções”. A configuração tradicional do objeto, da qual toma movimento a obra artesanal do objeto, está fixada pelos costumes e por exigências funcionais e, verossimilmente, corresponde ao pedido dos