O texto científico e a composição textual
O estudo sobre a textualidade (Bentes, 2012), vem mostrando que os textos são constituídos de seqüências textuais sendo que, de acordo com a intenção dos mesmos, uma sequência destaca-se sobre as outras, atribuindo-lhes um tipo textual específico, a saber: narrativo, descritivo, argumentativo, expositivo, relato; sendo que:
nem sempre um tipo textual é composto pelas sequências mais típicas (um relato, por exemplo, não é composto apenas por sequências narrativas; um texto expositivo não é composto apenas por sequências expositivas,e assim por diante. (Bentes, 2012).
Sendo assim, é possível dizer que a reportagem da Revista Scientific “Por que não Vivemos para Sempre” pertence à tipologia expositiva e carrega em si uma característica fundamental: apresenta ao leitor informações sobre um determinado tema concreto, com linguagem técnica ou cientifica própria da área que gerou a informação, a temática da reportagem é pertencente ao jornalismo de divulgação científica. A reportagem circula na esfera digital – internet e pode ser considerada multissemiótica, pela possibilidade de manipulação das fontes, organização visual dos conteúdos, diagramação e design da página, e pelas inúmeras possibilidades de interação e retomada de links para outros ambientes, tempo que com certeza é otimizado. Há na reportagem várias sequências textuais que são responsáveis pela forma textual e que transformam a reportagem em um objeto dinâmico, interessante e instigante para o leitor/interlocutor. É possível também observar recursos de textualização, uma vez que o texto é voltado para um público acadêmico, sendo a linguagem formal como no excerto a seguir. “Desvendando os segredos do envelhecimento, cientistas podem tornar a vida mais longa e saudável” , e traz um gráfico que informa a expectativa de vida (anos) o que difere de uma revista para criança, o texto é bem textualizado, nota-se