A anatomia dos textos edvaldo ferreira
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A ANATOMIA DOS TEXTOS
- Professor Edvaldo Ferreira
Há recursos lingüísticos e estilísticos que garantem compreender oportunamente as questões de interpretação e, sobretudo, orientam substanciosamente o candidato para sua própria composição nas questões discursivas e na redação exigida pelas principais comissões em suas provas. Alicerçado em teorias lidas em Marcuschi, José Lemos Monteiro, Mikhail Bakhtin, Valdir do Nascimento Flores, Vander Emediato, Beveniste, Ingedore G. Villaça Koch entre outros estudiosos, irei oferecer a você, candidato, uma apócope que, seguramente, servirá de bússola para seus estudos à compreensão dos textos das principais comissões que selecionam candidatos através de suas provas públicas. Inicialmente, tenhamos consciência de que é comum os textos nas provas trazerem itens valorosos que não podem ser ignorados pelos candidatos. Ei-los: a) enuncividade; b) enunciatividade; c) unidade temática; d) progressão temática ( externa e interna ); e) centração temática; f) sintaxe de tensão ( intensiva e extensiva ); g) articuladores macro e micro; h) o articulador enunciativo da unidade do texto; i) classes gramaticais expressivas em enunciatividade; j) horizontalidade e verticalidade no texto; k) paralelismos; l) refração. Estudemo-las, enfim. A) ENUNCIVIDADE : expressa fatos, informações institucionalizadas; objetividade. Nos fragmentos enuncivos, o autor do texto está ausente. Quando se escreve em texto que o homem é racional, estamos sendo enuncivos. No momento em que se declara que o homem é mortal, também estamos sendo enuncivos. Imagine alguém escrevendo sobre a poluição no Brasil e, em sua composição, esclarece ao leitor quais os estados brasileiros que apresentam maior índice de poluição. Isto é enuncividade. Se também revela ao leitor de seu texto o menor estado brasileiro em índices estatísticos como agente poluente, e como