O Suic Dio
Introdução
Este trabalho, visa explicar o suicídio enquanto fenómeno social, intemporal e universal. Para isso se demonstrará que este acto individual pode ser analisado a partir do contexto colectivo, através da análise sociológica durkhiemiana.
Tentarei ainda demonstrar quais as causas de mau estar geral que se faziam sentir na época, e que revelavam assim uma ruptura clara de laços sociais, ruptura a qual Durkheim queria dar resposta para poder constatar quais eram os laços que uniam os indivíduos entre si.
Assim, abordarei ainda temas influentes como a religião, a ordem social, a família e a moral, a fim de poder depreender o que leva o indivíduo a cometer tal injúria sobre si próprio.
Terei também em conta os três tipos de suicídio, utilizados por Durkheim para uma melhor caracterização dos mesmos, falo assim do Suicídio Egoísta que se caracteriza por um estado de apatia e ausência de qualquer apego a vida, do Suicídio Altruísta ligado a energia e a paixão e, por fim, o Suicídio Anómico caracterizado por um estado de irritação e repulsa.
Farei também, uma breve referência ao homicídio e o que leva os indivíduos a sacrificarem-se a si próprios ou aos outros.
Por fim, será ainda realizado ao longo do trabalho, um pequeno confronto com a perspectiva weberiano acerca das seitas religiosas e do protestantismo ascético.
Suicídio
Para perceber o suicídio na perspectiva durkhiemiana teremos de nos abstrair de todas as ideias preconcebidas que por vezes absorvemos do senso comum. É imperativo referir que esta forma de acabar com a própria vida não é explicada apenas por factores interiores ao indivíduo (como a loucura), mas também, e principalmente segundo Durkheim, por factores exteriores ao indivíduo (a sociedade na qual se insere).
O suicídio é, antes de mais, um indicador do estado moral da sociedade, que embora seja sublime e subjectivo, mostra-nos