O som do coração
No original, o filme chama-se unicamente – August Rush –, mas na versão brasileira ganhou o título de O Som do Coração, assim condizendo mais com sua vocação de melodrama. Dirigido pela irlandesa Kirsten Sheridan.
Evan Taylor pode ser considerado como uma criança com altas habilidades, pois tem o dom, de ouvir e sentir através da música. Ele é uma criança que foi tirada de seus pais biológicos – sua mãe Lyla, uma violoncelista de talento, moça frágil e submissa a autoridade de seu pai, sempre parecendo tentar encontrar ou assumir a sua verdadeira identidade, e seu pai Louis, um guitarrista e vocalista de uma banda de rock, um rapaz independente sonhador, que nos primeiros feedbacks do filme se descreve como lunático, pois conversa com a lua e acredita que a lua o respondia, mas não faz mais isso e por tal motivo agora conversa sozinho nos altos dos prédios, sempre escutando os sons das ruas – e viveu praticamente sua vida toda em um orfanato, onde, de maneira alguma foi instruído a desenvolver alguma habilidade mais requintada, já que no filme mostra claramente a precariedade, afetiva principalmente, do lugar. Evan, que no decorrer do filme passa a se chamar August, nasceu com um dom muito especial, dom este que passa a lhe ser mais aguçado, já que a herança biológica de seus pais se faz cada vez mais presente e determinante em sua vida.
August é sim uma criança com altas habilidades, sendo que mesmo sem nunca ter estudado música ele participa de uma audição musical em uma das escolas mais famosas de Nova Iorque e todos ficam maravilhados com sua brilhante apresentação, sendo que ele próprio escreve uma magnífica peça musical que irá ministrar. Não somente as suas apresentações na Escola, ou nas ruas – onde tocava violão, sem nunca ter tido oportunidade para encostar em algum instrumento musical, desempenha um papel brilhante e profissional, fazendo com que qualquer pessoa emocione-se em algum instante com o sentimento que August transmite em