O soldado egípcio
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DISCIPLINA: HISTÓRIA ANTIGA I
O SOLDADO EGÍPCIO
Outubro 2012
Era costume dos antigos faraós escrever os acontecimentos mais importantes de sua vida nas paredes dos templos, não para demonstrar poder ou amedrontar seus súditos, mas para registrar os seus feitos para a posteridade. Entre esses registros é mais comum encontrar as pinturas das grandes vitórias, trazendo orgulho ao seu povo mostrando a capacidade de defender suas fronteiras ao destruir exércitos inimigos. Inicialmente, sendo uma corveia real, o cargo de soldado não necessitava de treinamento específico, tendo como objetivo pilhar, subjugar populações fronteiriças descritas como rebeldes e intimidá-los. O cargo de soldado só chegou a se difundir quando passou a se registrar invasões a fortes fora da fronteira egípcia. No exército egípcio havia uma grande presença de Núbios, indicando boas relações com o país vizinho, e Líbios, que possuía um grande número de mercenários.
Com o tempo, o soldado passa a ter o papel do policial, defendendo a ordem nas ruas das grandes cidades e abafando as guerras civis que vão crescendo junto com a popularidade do cargo, trazendo à tona a necessidade de possuir um exército. Com o avanço tecnológico das táticas de guerra, houve a necessidade da organização de um conselho de estratégia. Passa a ser dever da monarquia cuidar das fronteiras cada vez mais longas do Egito, trazendo o estigma do forte Faraó guerreiro e a carência da divisão de homens para fortalezas para guardar as terras conquistadas, hierarquizando o exército. Os cargos dos soldados poderiam ser ocupados desde mercenários a príncipes, e eram divididos em funções burocráticas e de combate passados de pai para filho.
Existiram três grandes generais que se tornaram Faraós no Antigo Egito por falta de herdeiros: Horemheb, Seti I e Ramsés I; mostrando o quão poderoso se tornou a instituição do Exército no âmbito