O Silicone ou dimetilpolisiloxano
Próteses de Silicone.
O Silicone ou dimetilpolisiloxano, é um derivado do silício, um elemento semelhante ao metal que, quando combina-se com o oxigênio, forma a sílica, como é, por exemplo, o Quartzo. A sílica, quando aquecida e misturada ao carbono em alta temperatura, transforma-se em silício. Um processamento adicional converte o silício em um polímero, chamado de Silicone. Trata-se de uma substância considerada inorgânica e, por esse motivo, tem altíssima durabilidade. É inodoro, insípido, incolor e é resistente à decomposição pelo calor, água ou outros agentes oxidantes. Está disponível em forma líquida, em gel ou em consistência característica de uma borracha, conhecido também por elastômero de silicone. Na prática médica, o Silicone é um dos materiais mais inertes (não-reativos) dentre os que são utilizados. Os implantes de prótese de silicone tornaram-se a segunda cirurgia plástica mais popular no mundo, com 1,5 milhão de procedimentos somente em 2010, perdendo apenas para a lipoaspiração. Difundidas internacionalmente, as próteses de silicone não ficaram isentas de problemas e riscos à saúde no decorrer de sua história. Nos anos 1990, os EUA chegaram a banir a cirurgia por suspeitas de que o material pudesse causar uma doença do sistema imunológico. Mas foi em 2010 que os implantes de silicone tornaram-se alvo da maior polêmica desde a operação pioneira cinco décadas antes. As próteses da francesa Poly Implant Prótese (PIP) foram proibidas em dezenas de países, a empresa foi fechada e seu dono teve prisão decretada pela Justiça da França, após a descoberta de que elas continham silicone industrial que poderia causar câncer e que tinham alto risco de ruptura. No Brasil, a importação de próteses está suspensa pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde o dia 22 de março até que o Inmetro crie um sistema de avaliação de qualidade e o fabricante passe pelos testes