O sendo comum diante do trabalho infantil

A luta pela erradicação do trabalho infantil se choca com o pensamento do senso comum que pode ser ouvido diariamente. Uma das justificativas mais comuns é melhor que as crianças trabalhem do que fiquem na rua, vulneráveis ao uso de drogas e ao crime. Mas essa ideia é falsa pois muitas formas de trabalho favorecem a entrada no crime organizado, na exploração sexual e no tráfico de drogas e pessoas. Outro argumento é que o trabalho contribui na formação do caráter da criança mas essa ideia é completamente falsa. Estudando e fazendo tarefas com contato com outros estudantes e professores contribuem para a formação dos jovens. Além de atividades artísticas e esportivas que incentivam o desenvolvimento que é necessário.
Justificar o trabalho infantil dizendo que trabalhar não pode fazer mal também não condiz com a realidade. Os acidentes de trabalho envolvendo crianças são frequentes, já que elas geralmente realizam atividades que fazem mal até para adultos. Além dos acidentes físicos, também são causadas sequelas emocionais. O trabalho também não garante um futuro melhor no mercado de trabalho já que as crianças não conseguem dar a devida atenção a educação, ficando assim restritas a realizarem trabalhos que mais ninguém quer.
Somente porque algumas personalidades públicas trabalharam quando crianças não quer dizer que todas terão a mesma oportunidade. Foi apesar do trabalho infantil e não por causa dele. E nem justificar a condição que elas são deixadas como mau caráter ou falta de força de vontade.
Assim percebemos que o trabalho infantil é justificado como a única alternativa para a população mais pobre, que é deixada à margem da sociedade.