O Segundo Governo Vargas 1951
Vargas voltaria ao poder eleito pelo voto popular em 1951, ficando no poder por mais três anos. Ele retomou a política de desenvolvimento autônomo nacionalista e com amplas concessões às classes populares. Com isso, acabou gerando uma forte oposição ao seu projeto de governo, dentro e fora do país. O desfecho dessa história foi a sua trágica saída do poder em agosto de 1954.
A volta de Vargas ao poder
Vargas, que estava em exílio político em sua cidade Natal, São Borja, no Rio Grande do Sul, lançou-se candidato a presidente da República em 1951 pelo PTB. Mesmo sem o apoio do PSD, venceu as eleições.
O projeto nacionalista
Vargas cria um amplo projeto de desenvolvimento de caráter fortemente nacionalista, que priorizaria o fortalecimento do capital nacional, confrontando-se por isso com os interesses imperialistas internacionais, e, sobretudo, com os norte-americanos. Nessa política, sua principal medida foi a nacionalização do petróleo, com a criação da Petrobrás, em 1953. O governo Vargas passou também a adotar uma política externa mais independente, o que acarretou em retaliações do presidente norte-americano, Eisenhower. Este rompeu unilateralmente o acordo de desenvolvimento entre Brasil e Estados Unidos concedendo somente 180 milhões de dólares dos cerca de quase 400 milhões acordados anteriormente.
Voltando para o movimento trabalhista, Vargas pretendia reforçar a aliança populista com os trabalhadores, buscando com isso, reaver o apoio popular para garantir o cumprimento do seu programa econômico. No início de 1953, nomeou para ministro do Trabalho político gaúcho João Goulart, que reorganizou os sindicatos, buscando novamente a aproximação destes com o governo e chegou a criar um projeto de aumento de 100% do salário mínimo, não aceito pelo Congresso.
Foi criado nessa época o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), que depois foi acrescido de um 's' de Social e passou a se chamar BNDES. Este banco