O sacertote
Introdução:
O capítulo se inicia contextualizando o poder sacerdotal e suas competências na vida romana, não só da capital, mas de todo o império, pois muitos cidadãos romanos deixam Roma e migram progressivamente para outras cidades do império, onde existiam outras competências sacerdotais, porém a ênfase do texto é na estrutura e organização na Urbe.
O número de sacerdotes no Império Romano era grande, pois a natureza de incorporação de deuses, o politeísmo, fazia com que existisse um grande número de deuses, ou seja, sacerdotes. Cada vez que era incorporado um novo deus, novos sacerdotes também se incorporavam para servir ao deus e realizar esse contato entre deuses e pessoas.
A função do sacerdote era ser depositário do direito do sagrado e eram assistidos pelo senado, cabendo-lhes especificadamente essa função sem que outro qualquer possa executá-la. O sacerdote, porém não exercia nenhuma participação em atividades culturais. A figura do sacerdote seria mais bem definida por magistrados ou patres familias, predominantemente masculino, tanto no plano privado ou público.
Contudo, a existência de vestais demonstra que as mulheres não eram excluídas do serviço sacerdotal, porém estas estavam sempre vinculadas e subordinadas a uma figura masculina, pois para o censo romano, uma mulher somente seria mulher em seu sentido pleno se estivesse subordinada a um homem, e isso não exclui as vestais. O número de mulheres no serviço sacerdotal aumentava a cada incorporação de novos deuses, como a de Bacon e Ísis. A mulher ocupada um papel secundário na organização geral, mas é totalmente necessário para Roma, por representar uma colaboração entre homens e mulheres.
Os sacerdotes tinham de ser cidadãos, mas não era qualquer cidadão que podia assumir um cargo tão importante na conjuntura pública, somente o destinado por um estatuto social ou através do nascimento que assumiam o cargo, além disso, na conjuntura privada