O roubo das sementes da borrachca
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O ROUBO DAS SEMENTES DA BORRACHAComo o inglês Henry Alexander Wickham roubou 70 mil sementes de seringueira e deu à Grã-Bretanha o monopólio a borracha que até então era do Brasil. (*)
Introdução
O látex das seringueiras (matéria prima da borracha) já era conhecida dos indígenas muito antes da chegada dos europeus. Segundo relatos, Cristóvão Colombo teria visto nativos do Haiti brincando com bolas elásticas. Fernão Cortez encontrou o mesmo jogo entre os astecas.
Em 1743, o geógrafo francês Charles-Marie de La Condamine descobriu a árvore da borracha e estudou, com os índios, o processo de extração da seiva e de fabricação da goma.
Cerca de vinte anos depois, o botânico francês Fusée Aublet, em um estudo sobre a árvore, propôs uma classificação científica. Designou o gênero como Hevea, derivado da palavra hevé, usada pelos índios para indicar a planta e a espécie como brasiliensis, em homenagem ao país no qual a árvore era abundante.
Figura 1 Na extração do látex (seiva grossa, parecida com o leite) o trabalhador sangra a seringueira e coloca sob a sangria uma cuia para aparar o líquido.
O primeiro emprego industrial da borracha foi como apagador. Em 1772, cubos de borracha começaram a ser vendidos em Londres e recebeu em inglês o nome de "India Rubber", que significa "Raspador da Índia". Em 1820, Thomas Hancock abriu, na Inglaterra, a primeira fábrica de borracha. A Inglaterra logo foi invadida por vários objetos de borracha: rolos, correias de transmissão, instrumentos cirúrgicos, etc.
O vale amazônico era o principal fornecedor mundial de borracha bruta, mas a demanda ainda era bem pequena: em 1827, o total das exportações somava apenas 8 toneladas.
A borracha, que já era usada para várias finalidades, tornou-se ainda mais útil depois de 1839, quando o norte-americano Charles Goodyear descobriu processo de vulcanização (assim chamada em homenagem a Vulcano, o deus romano do fogo). A vulcanização revelou as propriedades mais importantes da