O RETORROMÁNICO: PASSADO, PRESENTE E FUTURO
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CERDÁ, Antonio Vañó. O retorrománico: passado, presente e futuro. In: Estudios de sociolingüística románica. Santiago de Compostela: Universidade, Servicio de Publicacións e Intercámbio Científico, 1999. p. 351-359O autor, Antonio Vañó Cerdá, da Universidat de les Balears, traz uma discussão acerca da língua retorromance falada nos Vales Alpinos do Cantão Suíço dos Grisões, a qual é composta por cinco dialetos: sursilvano, sutslivano, surmirano, engadino alto ou puter e engadino baixo ou valader. Atualmente, a mesma passa por processos de abandono, desprestígio e divisão interna, devido a motivos histórico-geográficos.
Muitos foram os fatores histórico-geográficos que ocasionaram a situação atual desta língua minoritária, sendo os principais: o processo de romanização, que não foi tão intenso na região Alpina como foi na Raetia Prima; as distintas invasões de povos germânicos e os processos de germanização; a influência de outra cultura por processo político-religioso; a imigração de grupos de língua alemã procedentes de Wallis, que se situavam nos vales altos dos rios do Cantão Grisão; a perda de vestígios românicos por causa da destruição da cidade de Chur (Coira); e, a união de povos e influência da língua alemã como língua veicular, impedindo o Cantão Grisão a configurar--se como uma língua romance comum a todos durante os séculos XV e XVI.
Entre os séculos XIX e início do XX, três importantíssimos fatores puseram o alemão, ainda mais, frente aos dialetos românicos (sursilvano, sutslivano, surmirano, engadino alto ou puter e engadino baixo ou valader). Os principais fatores são a forte imigração de indivíduos falantes da língua alemã, uma contínua emigração dos povos romances, o forte turismo de massas de língua alemã e a união ou matrimônios mistos, que segundo dados de 1970, metade dos matrimônios na Alta Engadina estavam compostos por uma pessoa alemã e uma romance. Certamente, com essa união a língua alemã como língua veicular, o alemão passa a ser