O regimento da universidades
O que esperar do ensino universitário (público ou privado) na formação dos indivíduos? Segundo A. J. Severino, “o ensino superior é mediação intencional e sistemática de uma educação voltada para a qualificação cientifica e técnica, com vistas à preparação de profissionais dos diversos campos da atividade humana, incluindo daqueles profissionais que vão se dedicar ao próprio exercício de construção e disseminação do conhecimento científico” (p.14). Com toda essa preparação, o mercado de trabalho terá seus novos “cientistas, os técnicos, os especialistas, todos direcionados pra atuar no universo da produção material, no âmbito da vida social e na esfera da cultura simbólica, os três grandes espaços em que se dão as práticas fundantes do existir humano” (Severino, p.15). Pena que essa disseminação do conhecimento, seja para poucos, pois ainda há uma grande dicotomia na educação formal das instituições brasileiras e também uma precariedade do ensino, este que, origina-se da educação do ensino fundamental. As políticas educacionais, que deveriam contribuir para uma melhora, só fazem é criar leis, que na sua práxis não funcionam ou não são executadas com eficiência. Essas políticas derivam de uma demanda de interesses, políticos, sociais ou econômicos de certos grupos. Infelizmente, a educação está à mercê desses jogos. A sociologia compreensiva de Max Weber, nos aludiu para essas questões, apontando os componentes da formação escolar, em especial, as universidades que são: o exame, a especialização, o diploma. Para este sociólogo, estas questões estão inseridas numa burocratização do ensino. A) “As Instituições educacionais (...), especialmente as de instrução superior, as universidades, bem como as academias técnicas, escolas de comércio, ginásios e outras escolas de ensino médio, são dominadas e influenciadas pela necessidade do tipo de educação, que produz um sistema de exames especiais e a especialização que é, cada vez mais,