O realismo humanista dentro da estética de Lukács – Breve análise do realismo fantástico na obra “Cem Anos de Solidão de Gabriel García Marques”
Faculdade de Ciências e Letras
Fernanda Feijó
O realismo humanista dentro da estética de Lukács – Breve análise do realismo fantástico na obra “Cem Anos de Solidão de Gabriel García Marques”
Trabalho de aproveitamento da disciplina Literatura e Realidade Social, do curso de Ciências Sociais, apresentado à Prof.ª Dra. Maria Orlanda Pinassi.
Marx e Engels não possuem um estudo específico sobre a estética. Suas impressões sobre o tema estão inseridos na sua obra como parte da dialética própria da doutrina do materialismo histórico, pois é somente a partir dele que se pode compreender a gênese da arte e da literatura. Esses aspectos só podem ser compreendidos dentro do quadro histórico geral da humanidade, “a essência e o valor estético das obras literárias, bem como a influência exercida por elas, constituem parte daquele processo social geral e unitário do qual o homem faz o seu mundo pela sua própria consciência”. (Lukács).
Os dois autores vão estender as suas análises históricas com relação à arte e à literatura ao inteiro desenvolvimento da sociedade humana, porém o seu maior interesse voltou-se para a individualização daquilo que é essencial dentro da arte e da literatura na sua evolução moderna.
Durante o período do renascimento, para Marx e Engels, a arte floresce como uma forma de reação à produção cultural da Idade Média, toda ela ligada aos preceitos religiosos do cristianismo, forma encontrada pela Igreja para manter sua hegemonia durante o Feudalismo. Porém, com o desenvolvimento do capitalismo e a consequente ascensão da burguesia como classe dominante, a arte (sobretudo o romance literário) perde suas características históricas e passa a acompanhar a sociedade capitalista em construção, tornando-se cada vez mais subjetivo e se afastando do real, da objetividade.
Tal como ocorre com as relações entre os homens, no capitalismo, a arte também é