O QUE É SER UMA PESSOA NORMAL E UMA PESSOA ANORMAL NO SÉCULO XXI?
Em contexto de século XXI, como ser normal, como não “enlouquecer” com tantos dilemas, problemas, como lidar diariamente com o fator estresse. Onde hoje não mais é um alerta esporádico, um fator adaptativo do nosso organismo aos perigos, e sim um sentimento de angustia, que nos aflige do momento em se pensou em dormir, do momento que se tem que acordar (dilema de uma estudante).
Para a Psicanálise, o que distingue o normal do anormal é uma questão de grau e não de natureza, isto é, nos indivíduos “normais” e nos “anormais” existem as mesmas estruturas de personalidade e de conteúdos, que se mais ou menos, “ativadas”, são responsáveis pelos distúrbios no individuo. Normalmente, estes distúrbios nos acometem durante ou após um grande sofrimento, um período de dificuldade, ou seja, qualquer um pode estar sujeito a ser “anormal”.
Todas as pessoas em algum momento da sua vida irão passar por um momento difícil, de sofrimento intenso, superado individualmente ou com ajuda de seus grupos. A questão é que estamos tão centrados em nossos egos, que ajudar o outro não está em nossa “lista de afazeres” do dia, limitando muito o campo de ajuda de uma pessoa que esta em sofrimento mental, e a ajuda especializada geralmente só buscam quando o sujeito já além do seu limite de sofrimento. O enfermeiro é caricaturado como sujeito provedor de saúde, não cabendo a ele em algum momento ficar doente, só que como qualquer um esta sujeito.
O estigma que tem o termo transtornos mental, também é um divisor da busca por tratamento, devido ao seu passado obscuro. Muitos acreditam que serão tachados de louco, que será um caminho sem volta a razão, fora as questões de tratamento, ou melhor, “ falta de tratamento” que eram dados aos sujeitos que tinham transtornos mentais. Buscar ajuda nem sempre é fácil, a sociedade nos determina que devemos ser forte, aguentar, não incomodar ninguém.