o que é aula
A preparação de uma aula deve contar com dois componentes: algo a ensinar e alguém a ser ensinado, sendo que este último é o ator principal da ação.
O arrolamento ensino-aprendizagem gera conexões pessoais e de conhecimentos, e a partir dessas afinidades pode-se potencializar no aluno uma ânsia por sua autonomia, para que haja assiduidade nos diálogos com os diversos métodos de ensino-aprendizagem que ele deverá ter ao longo de sua vida, não apenas nas atmosferas escolares.
Nesse sentido, Paulo Freire (1998, p. 52) ensina: “Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” Para isso, é preciso que, no atenho de se pensar o ensino, se leve em conta as múltiplas grandezas nele viventes; posto que o ensino se dá nas relações humanas.
Diante disso, projetar uma aula é muito mais do que o mero preenchimento de protocolos de planos de ensino, seguir feitios burocráticos para atender às demandas dos coordenadores e diretores. Esboçar significa levar em conta a vida na sala de aula e aparelhar situações que permitam que a história se faça no ambiente escolar, promovendo assim o aprender dos estudantes e a retomada de táticas e artifícios com vistas ao progresso das relações tomadas no clima escolar, tanto as cognitivas, quanto as emocionais.
A aula eterniza o papel do professor como organizador de conjunturas de aprendizagem e da sua necessidade de estudar, e aprontar tais situações. Falar da inópia de uma aula que leve em conta as extensões humanas não rejeita ou amaina a figura e o papel do docente. Uma aula que leve em conta as exterioridades humanas do ser reaproxima o instrutor de sua extensão humana de aspirações, frustrações, problemas e múltiplas destrezas, dando-lhe condições de também obrar como ser entre seres, na qualidade de adutor e de principiante, vivendo as relações travadas nas salas de aula, em múltiplos espaços de aprendizagem e não apenas naquelas de contorno