O QUE O TIO SAM REALMENTE QUER ENSAIO E COMENT RIOS POR P
O QUE O TIO SAM REALMENTE QUER - NOAM CHOMSKY
Ensaio e Comentários por Pedro Clemesha, Graduando da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, Universidade de São Paulo. Março de 2015
Na obra “O que o Tio Sam realmente quer”, de Noam Chomsky, catedrático americano do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e provavelmente o maior linguista da atualidade, é possível observar uma forte crítica tanto aos Estados Unidos da América quanto à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Chomsky inicia sua obra expondo ao leitor uma breve análise da American Foreign Policy durante a Segunda Guerra Mundial. São evidenciados os objetivos dos EUA durante o período conturbado de guerra e pós-guerra, dando ênfase ao caráter interventor da nação que se considera a porta-voz da liberdade, provando com documentos que a mesma atuava apenas em prol de seus objetivos individuais, e não visando o equilíbrio e a paz mundiais.
Chomsky dirige suas críticas à suposta “Democracia Americana”, e alega que os Estados Unidos não são uma democracia, mas sim uma plutocracia, isso é, o controle da nação pela mais alta elite econômica que, com o auxílio da mídia, manipula a população de forma a levá-la a crer em uma democracia real e justa. O autor exemplifica essa manipulação do público citando posicionamentos do governo norte-americano antes da Segunda Guerra, período em que a CIA colaborou com o treinamento do exército nazista para que o mesmo tivesse condições de eventualmente confrontar o Exército Vermelho da URSS (originalmente os EUA não enxergavam Adolf Hitler como sendo o inimigo imediato; mas sim Stalin e a União Soviética).
Chomsky expõe a política imperialista norte-americana não apenas em relação à América do Sul, mas também ao Oriente Médio, explicando-a como um apoio incondicional a qualquer governo cujos objetivos coincidiam com os interesses da direita estadunidense. É denunciada a parceria americana após 1945 com nazistas, integrando-os ao