O QUE A IGREJA ESPERA DA EDUCAÇÃO TEOLÓGICA
Introdução:
Como elemento introdutório, gostaria de destacar que a tarefa que engloba esse tópico não tem se demonstrado das mais árduas na Conferência, quando comparada aos tópicos destacados por outros palestrantes, mas, falar sobre o que a Igreja espera da Educação Teológica poderia se apresentar por demais simplista se coubesse simplesmente ao palestrante trazer uma extensa lista de tudo que deveria existir ou não nos seminaristas ao retornar das escolas teológicas para o dia-a-dia da igreja.
Se olharmos com mais ênfase ao que tem sido proposto, é necessário não apenas ao palestrante como a todo leitor pensar a questão não somente em nosso contexto contemporâneo, mas por si só, convém antes de chegarmos ao âmago da proposta da qual ocuparei me aqui, fazer uma reflexão na relação Educação Teológica–Igreja.
Não é minha intenção acreditar ou fazer o leitor acreditar que seria possível pontuar nessa palestra, a questão de forma que poderíamos encerrá-la, mas dentro da limitação não somente de espaço, mas também humana, apontarei algumas alternativas que nos permitam continuarmos a abrir um diálogo nesse campo e diminuir as diferenças existentes nessa relação, acentuando a unidade existente entre ambas, que de fato, existe.
Se por um lado, a igreja pergunta sobre a relevância e a necessidade das escolas teológicas, por outro lado, as escolas teológicas avaliam as igrejas por sua falta de maturidade bíblica e teológica. Na verdade, ambas possuem uma interdependência nessa relação que, para abrir-se em um diálogo, deve existir respeito, amor e compromisso. São irmãs gêmeas que, mesmo que insistam em se separar, nasceram para viver juntas. Uma precisa da outra.
Um olhar histórico:
Seria inocência de nossa parte se pensássemos que a reflexão sobre a educação teológica e a igreja é algo inerente apenas ao nosso tempo.
Sabemos que, com o decorrer dos tempos, houve diversas alterações no âmbito do ensino teológico,