O sacramento do matrimônio
S. Paulo refere-se ao Matrimónio como um mistério, ou, um grande mistério. (Ef. 5,32).
Alguns escritores da primitiva Igreja se referiram ao Matrimónio, especialmente S. Agostinho, como um Sacramento, mas nessa altura este termo tinha diversas interpretações, em referência ao que S. Paulo escreveu.
Teologicamente, o Matrimónio é considerado como Sacramento porque é a imagem da união de Cristo com a Sua Igreja.
Diferentemente dos outros Sacramentos, o Matrimónio não foi instituído por Cristo porque é anterior ao Cristianismo, mas foi elevado à dignidade de Sacramento por Cristo que reconheceu alguma coisa de fundamental e boa na instituição marital (cf. Cân. 1055).
Diz o Catecismo da Igreja Católica :
1601. - "O pato matrimonial, entre os batizados, pelo qual o homem e a mulher constituem entre si a comunhão íntima de toda a vida, ordenado por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à procriação e educação da prole, foi elevado por Cristo, como Senhor, à dignidade de sacramento.(Cân.l055 §1).
Ele está fundamentado nas relações complementares entre o homem e a mulher.
O Livro do Génesis diz que, na Criação, o homem estava incompleto :
- Não é conveniente que o homem esteja só; vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele.(Gen.2,18).
Assim, o homem, no sentido genérico, ficou completo com a criação da mulher, uma auxiliar semelhante a ele.
A descrição da Criação refere que o homem não encontrou outra criatura para o auxiliar :
- Contudo, não encontrou para ele uma auxiliar adequada. (Gen.2,20).
O homem reconheceu na mulher a carne da sua carne :
- Esta é, realmente, osso dos meus ossos e carne da minha carne. Chamar-se-á mulher, visto ter sido tirada do