O que querem as vadias
14 a 16 de agosto de 2013, Natal (RN)
Grupo de Trabalho: Olhares feministas sobre a Arte, o Corpo e a Política (16)
O que querem as vadias? Uma breve análise da Marcha das Vadias em
Alagoas e suas perspectivas.
Crísthenes Fabiane de Araújo Silva – Universidade Federal de Alagoas
Cláudio Gomes da Silva Júnior – Universidade Federal de Sergipe
Natal – RN
2013
1
Resumo:
O presente artigo propõe um olhar sobre a trajetória e a construção da
Marcha das Vadias em Alagoas, dialogando acerca de suas particularidades e perspectivas, visa refletir sobre suas principais bandeiras levantadas, bem como sobre a condição feminina nas diversas esferas da sociedade, e as ações políticas e sociais que dialogam com a realidade social local.
Palavras-chave: Marcha das Vadias, violência, opressão, Alagoas.
Abstract:
This article proposes a look at the history and construction of the March of bitches in Alagoas, talking about their peculiarities and perspectives, aims to reflect on their main flags raised, as well as on the status of women in various spheres of society, and political actions and social dialogue with the local social reality. Keywords: March of the whores, violence, oppression, Alagoas.
2
No século XX, o mundo foi marcado por grandes transformações políticas, tecnológicas, econômicas e sociais. Dito como o século das mulheres, estas se tornaram mais independentes. As mulheres começaram uma luta organizada em defesa de seus direitos. O feminismo surge da luta das mulheres contra as formas de opressão a que eram submetidas. As mulheres que compunham o movimento feminista eram vistas como "mal amadas”,
“mulher-macho” e discriminadas por homens e por mulheres que viviam essa realidade na sociedade patriarcal.
No final da década de 40, Simone de Beauvoir1 escreve o livro O
Segundo Sexo, que denuncia as raízes culturais da desigualdade sexual. A autora analisa a condição inferior da mulher, inferioridade que não precisa ser