o que posso fazer
São posturas muito diferentes perante a vida.
O filósofo brasileiro Mário Sergio Cortella, ao analisar a questão com maior profundidade, afirma: A decadência, seja numa sociedade mais ampla ou outras instâncias, como a família, trabalho, etc. principia quando o imperativo ético da ação é substituído pela acomodação e pela espera desalentada.
Muitos, na sociedade moderna, estamos nos acostumando rapidamente com alguns desvios que parecem fatais e inexoravelmente presentes, como se fizessem parte da vida.
Assim, nos acostumamos com a violência, com o desemprego, fome, corrupção e outros.
É a prostração como hábito! - exclama o filósofo.
Como se um conveniente pensar estampado nos rostos e nas palavras disfarçasse uma suposta impotência individual, mas, que no fundo, é egonarcisismo indiretamente conivente.
Tão confortável assim pensar...
Confortável e extremamente perigoso.
Felizmente a esperança ainda existe.
Porém não confundamos a esperança do verbo esperançar, com a esperança do verbo esperar - como sugere Paulo Freire.
Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, é não desistir!
É levar adiante, é nos juntar com outros para fazer de outro modo.
Pode-se ver claramente que a esperança do verbo esperançar é dinâmica, enquanto a outra, é estática, congelada, por vezes covarde...
A esperança nos convida a pensar:Violência? O que posso eu fazer?
Desemprego? O que posso eu fazer?
Fome? O que posso eu fazer?
Corrupção? O que posso eu fazer?
Sempre teremos o que fazer. Sempre teremos uma contribuição a dar, nem que seja pelo nosso exemplo de agir no bem nas pequenas