O Que Liberalismo
Entenda um pouco mais sobre essa filosofia política que tem como fundamento a defesa da liberdade individual, da não-agressão, do direito de propriedade privada e da supremacia do indivíduo as atitudes coercitivas do poder estatal
No final do século XVII as monarquias absolutas tinham como regime econômico o mercantilismo, o qual pressupunha a presença de um Estado com poderes para intervir na economia. Essa intervenção era justificada pelo “dever” dos governos em desenvolver os países e promover distribuição de renda. Contudo, a situação que de fato ocorria era totalmente oposta, favores e privilégios eram concedidos às elites dominantes e aos principais grupos de pressão, entre eles os mercadores.
Naquela época os indivíduos não podiam produzir sem autorização do rei, sua liberdade de escolha era inexistente, pois o monarca era quem determinava quem iria produzir o quê e qual região seria abastecida por esse produtor. Desse modo, a competência do cidadão e a vantagem competitiva de plantar um produto que melhor se adequasse a determinado solo eram ignoradas e substituídas por um modelo de concessão em que era preciso ser próximo do rei para sair favorecido. Além disso, como o mercado interno era considerado “patrimônio nacional”, novamente, para atendê-lo o indivíduo precisava contar com os “favores do rei”. Vale lembrar que o mercantilismo, tinha como base a ideia de que a economia era um “jogo de soma zero”, ou seja, quando alguém ganhava outra pessoa necessariamente deveria perder com essa transação.
Ocorreram diversos momentos históricos que resultaram no apogeu do liberalismo. Junto às guerras que estavam ocorrendo no final do século XVIII, começaram a surgir movimentos em favor das liberdades políticas e na Inglaterra ocorreu a abolição das “Corn Laws”, leis que garantiam a reserva do mercado de cereais a alguns produtores ingleses. Após esses movimentos o Liberalismo se torna ideia dominante entre as elites intelectuais da época.
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