O Que Arte COM
Nanny Santana Leal de Figueiredo1
O livro “O que é arte?”2 de Jorge Coli será aqui resenhado se trata de um ensaio que buscar discutir a definição da arte. Logo na introdução é trazido a pauta o fato de que as visões sobre a arte ao longo da história oscilaram muito, tornando assim difícil colocar apenas um significado para ela. O autor argumenta que pode ser qualquer coisa dependendo de quem a avaliar. Houve vários tratados de estética que tentaram resolver a problemática conceitual da arte, entretanto eles são divergentes e contraditórios entre si e decepcionam na procura por uma solução definitiva.
Apesar de declarar a dificuldade de se encontrar um só conceito para arte, Jorge Coli diz que é possível saber o que é uma obra de arte devido a uma noção cultural. Um quadro de Da Vince é claramente uma, mas também outras obras consideradas subversivas. Como então definir um critério de avaliação entre elas? Antigamente a técnica era o principal método, atualmente se leva em consideração o discurso, o local, a forma de admiração e outros. Sendo assim, a unanimidade é quase impossível e o consenso da maioria se torna prevalente. A questão com as formas de avaliação atuais (como o discurso) é que elas oscilam muito conforme os tempos. Jorge Coli cita vários exemplos de artistas que foram consagrados e depois caíram em esquecimento ou desgraça. É uma forma volúvel de avaliar a arte que acaba sendo imprecisa e altamente parcial, afinal cada crítico tem o seu ponto de vista. Estes críticos utilizam, cada qual discorrendo do seu tempo, com seus paradigmas e consensos, critérios que são efêmeros, como nos diz o autor: “podemos chegar a uma constatação deprimente: a autoridade institucional do discurso competente é forte, mas inconstante e contraditória, e não nos permite segurança no interior do universo das artes” (OQA, 1995, pág. 21). No livro a ideia de estilo é introduzida como uma forma de embasar a crítica e o discurso. Através dela é possível