O Príncipe Maquiavel
DOS PRINCIPADOS HEREDITÁRIOS
“é bastante não preterir os costumes dos antepassados e, depois, contemporizar com os acontecimentos fortuitos, de forma que, se tal príncipe for dotado de ordinária capacidade sempre se manterá no poder, a menos que uma extraordinária e excessiva força dele venha a privá-lo; e, uma vez dele destituído, ainda que temível seja o usurpador, volta a conquistá-lo.” P.6
CAPÍTULO III
DOS PRINCIPADOS MISTOS
“(...) estes Estados conquistados e anexados a um Estado antigo, ou são da mesma província e da mesma língua, ou não o são: Quando o sejam, é sumamente fácil mantê-los sujeitos, (...)conservando-se suas velhas condições e não existindo alteração de costumes, os homens passam a viver tranqüilamente (...).E quem conquista, querendo conservá-los, deve adotar duas medidas: a primeira, fazer com que a linhagem do antigo príncipe seja extinta; a outra, aquela de não alterar nem as suas leis nem os impostos; por tal forma, dentro de mui curto lapso de tempo, o território conquistado passa a constituir um corpo todo com o principado antigo.” P.8
“(...) conhecendo com antecedência os males que o atingem (o que não é dado senão a um homem prudente), a cura é rápida; mas quando, por não se os ter conhecido logo, vêm eles a crescer de modo a se tornarem do conhecimento de todos, não mais existe remédio.” P.11
||deve-se estar atento aos problemas que se desenvolvem para resolvê-los antes que fiquem demasiado complicados
“(...) quem é causa do poderio de alguém arruina-se, por que esse poder resulta ou da astúcia ou da força e ambas são suspeitas para aquele que se tornou poderoso.” P.15
|| Por ter sido competente por força ou astúcia para elevar alguém é destruído por quem elevou por ser uma ameaça a seu então estabelecido poder
CAPÍTULO IV
POR QUE O REINO DE DARIO, OCUPADO POR ALEXANDRE, NÃO SE REBELOU CONTRA SEUS SUCESSORES APÓS A MORTE DESTE
“(...) encontrará dificuldades para conquistar o Estado Turco, mas, vencido que seja