O príncipe - conclusão com elaborações do grupo
Posto isso, é importante ressaltar que o autor se utiliza do pressuposto filosófico de que os homens são “maus” por natureza, que expressa de maneira clara sua influência iluminista.
Maquiavel aponta, em seguida, que é mais difícil conquistar um Estado do que manter um, pelas enormes dificuldades acarretadas de se introduzir um novo governo. Entre os motivos, e colocado como pré-requisito para o príncipe, é preciso que ele tenha armas, ou seja, um exército, o braço armado de sua personalidade. O príncipe não pode depender de outros, por isso a necessidade de suas próprias armas.
Além disso, esse exército deve ser capaz de defender a cidade-sede dos territórios do príncipe. Essa é a preocupação primaz que o príncipe deve ter. Além disso, o príncipe precisa ter dentro de sua cidade, a todo instante, provisões que durem tempo suficiente para suportar um longo cerco. Dentro de uma cidade bem protegida e com provisões para seu povo, é o estrangeiro atacante quem sofrerá antes, desprotegido e sem comida.
Entre as preocupações que o príncipe deve ter, para que seu próprio povo não se volte contra ele e para que seus adversários e conspiradores não se sintam fortalecidos, é esconder seus próprios defeitos. Como todo ser humano, o príncipe tem seus vícios, mas ele precisa que sua imagem frente aos outros esteja livre desses vícios, e ele deve ser visto como o mais virtuoso dos homens, mesmo que isso seja apenas aparência.
Ainda no que diz respeito à imagem do príncipe perante seus súditos, Maquiavel aponta que o príncipe deve buscar o equilíbrio entre ser conhecido como cruel ou piedoso. Em alguma medida, a fama de piedoso é positiva, mas sem