O processo de expansão mundial do capitalismo
É somente com a crise na sociedade feudal e o advento do Renascimento e do Mercantilismo que temos o início da construção de uma economia mundial, de um sistema de comércio que começa a adquirir um caráter verdadeiramente internacional.
A fome, as guerras e as doenças, aliadas à crescente influência do humanismo renascentista, que cada vez mais afirmava a capacidade do indivíduo compreender e transformar o mundo, cavavam lentamente a sepultura onde seria enterrado o mundo feudal. Ao mesmo tempo, uma nova sociedade ia se desenvolvendo nas entranhas da Europa medieval, uma sociedade onde a agricultura de subsistência não teria mais o papel central, onde o lucro e a usura deixavam de ser proibidos, e onde a propriedade privada tornava-se a forma predominante de apropriação e uso da terra.
Os mercado locais se expandem, transformam-se gradativamente em mercados nacionais, e posteriormente começam a existir enquanto parte de um mercado mundial em construção.Em 1453, as tropas árabes-muçulmanas fecham uma das mais importantes rotas comerciais, obrigando os europeus cristãos a pensarem em duas alternativas para superar tal problema: preparar novos ataques à região conquistada pelos muçulmanos ou encontrar outra rota para o comércio com o oriente.
A primeira alternativa, é óbvio, seria a mais cara. No Feudalismo e no Renascimento, deslocar grande parte da força de trabalho para a frente de batalha, fato que já havia gerado muitos problemas econômicos e sociais.
A outra alternativa também era muito cara, exigia a mobilização de recursos humanos e financeiros, além da coragem e ousadia para desafiar os perigos de caminhos desconhecidos. Mas com a ajuda da enriquecida burguesia europeia, os Estados cristãos puderam levar adiante a ambição de novas conquistas, afinal de contas “todos” só tinham a ganhar com a expansão comercial da Europa. A nobreza, representada na figura do Rei, ampliaria seu poder político e