O Principe
Podemos dividir a obra política de Maquiavel em quatro partes: classificação dos Estados; como conquistar e conservar os Estados; análise do papel dos militares e conselhos aos políticos para manutenção do poder. Dizemos que Maquiavel é o fundador do pensamento político contemporâneo, pois foi o primeiro a pintar os fatos "como realmente são" e não mais "como deveriam ser".
Além de "O Príncipe", Maquiavel deixou outras obras, como o "Discurso sobre a Primeira Década de Tito Lívio", "A Arte da Guerra" e "Histórias Florentinas". Deixou também uma peça de teatro, "A Mandrágora", que se tornou um clássico do repertório teatral de todos os tempos.
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RESUMO: A obra de Maquiavel “O Príncipe”, escrita em 1513 e publicada em 1532, por muito tempo foi alvo de muitas controvérsias. Pretendo com esta análise da obra, fundamentado especificamente no capitulo XXIV, porém utilizando-me de toda a obra escrita, demonstrar que em “O Príncipe” Maquiavel defende a centralização do poder político, levando em consideração a conjuntura política da descentralização da Itália no século XVI, e não propriamente defende o absolutismo como muitos ate os dias atuais acreditam. Portanto utilizarei os conceitos explicitados em O Príncipe, tais como, principado novo, principado velho, virtu, prudência, as armas do estado e as boas leis, para fundamentar a ideia de que a finalidade de Maquiavel em exortar ao príncipe sobre as formas deste de se manter no estado, é essencialmente visando a estabilidade e consolidação de um Estado fortificado e preparado contra qualquer ofensa que venha a ser cometido, atingindo o bem do povo e do