O principe
Teoria Política
Profº Fernando de Almeida
Izaura Maria Pereira Felix Romeiro de Arruda
O Príncipe
O Príncipe trata-se de certa forma de uma obra atemporal, mas que certas praticas devem ser sempre analisadas com o contexto no qual foram escritas. Quando não é feita essa analise, seus ensinamentos acabam sendo mal interpretado, o que é comum na obra de Maquiavel. Principalmente pelo fato de que com o passar dos anos ela acabou se tornando leitura de cabeceira para alguns governos e governantes que não souberam contextualizá-la a época e a seguiram de forma arbitraria, lhe conferindo uma “reputação” ruim.Escrito em Florença, na época do Renascimento, o livro carrega o sentimento do autor de ver a Itália poderosa e unificada. Uma vez que nela reinava a confusão, onde se assolava a instabilidade política com crises constantes. Não havia Estado central e tampouco legitimidade no poder, o que gerava inúmeras disputas internas que eram ainda mais agravadas pela constante invasão dos países vizinhos – entre eles França e Espanha –, um contexto que não permitia a permanência de nenhum governante no poder por tempo superior a dois meses. O poder era cada vez mais “multipolarizado” e Nicolau, devido a sua vasta experiência política sabia que a estabilidade só poderia ser conquistada por ações rápidas e precisas, que só um governante forte poderia executar. E um governante forte nessa época deveria ter pulso firme, ser determinado e não medir esforços era preciso ser capaz de agir.E a partir de necessidade do monarca ser capaz de agir sem medir esforços, com o passar do tempo, surgiu de forma errônea à frase de que “os fins justificam os meios”, o que Maquiavel nunca chegou a realmente pregar. Em parte, na época para a qual a obra foi escrita, sim o fim – unificação italiana – “justificava” o meio, mas apenas no sentido de fazer o necessário e nada mais. Uma vez que o manter no poder que Maquiavel prega e ensina, não busca o absolutismo, mas