O ponto de Muta o relatorio

O ponto de Mutação (filme)
“O relógio tornou-se o modelo de Cosmos e ai confundiram o modelo com o original. Acharam que a natureza era um grande relógio, não uma coisa viva. Uma máquina”

No filme ponto de mutação, dirigido por Bernt Capra e baseado na obra de mesmo nome escrita por Fritjof Capra, é feito um diálogo sobre as questões abordadas no livro, que trata-se de uma análise geral sobre a história humana e o que ela causa no mundo do século XXI. Ocorre nessa trama um diálogo complexo entre uma física moderna (Liv Ullmann) em crise – devido conflitos éticos – um poeta (John Heard) – passando pela “crise da meia idade” – e um candidato a presidência do EUA (Sam Waterston) – que foi derrotado nas eleições e cansado da sistemática política. Esses três começam tal discussão analisando um relógio medieval, quando os dois homens convidam a cientista que estava no mesmo local a participar da conversa. Parte daí as reflexões que são muito bem abordadas durante todo o filme, sobre a ruptura do homem com a natureza – ao torna-la uma máquina que pode ser controlada – a destruição do meio ambiente em busca de poder, o atual conhecimento sobre física quântica – na existência de tendências abstratas em relação a matéria – e no mundo pseudoconcreticista, onde uma verdade única e real pode ser estipulada. Através das reflexões e dos diferentes pontos de vista de cada personagem, chega-se a conclusão de que o mundo está sofrendo uma crise de percepção, pois ainda toma como verdade pensamentos antigos, que necessitam serem mudados conforme o próprio mundo muda. As implicações políticas abordadas no filme tratam-se da fome, da sociedade capitalista e da visão mecanicista que os políticos e a sociedade tem tido das coisas. Tratando os problemas como uma máquina que pode ser reduzida em partes, e analisando cada uma delas separadamente, deixando assim no final uma dessas partes de lado. Assim a obra nos induz a tentar entender qual é o ponto que precisa de mutação, nos