O poder e as mulheres

O PODER E AS MULHERES

CHRISTINE STANSELL

Os direitos humanos sempre foram concedidos para os homens. As mulheres eram rotuladas como dependentes da família e os homens que as representava. Com o passar do tempo as mulheres foram modificando os homens, visando uma melhora para o seu sexo. As mulheres passaram a agir conforme a lógica da revolução.
Na França revolucionária as burguesas e as trabalhadoras pobres uniram-se em prol das suas próprias reivindicações. Em 1792 ao observar os acontecimentos ocorridos na França a escritora Mary Wollstonecraft publicou o primeiro livro sobre a igualdade entre homens e mulheres, para a autora as mulheres deveriam usufruir de seus “desejos selvagens”, pois as mulheres eram seres dotados de razão, tanto quanto os homens. Ela considerava que as mulheres deveriam largar os seus papéis de mocinhas, exercendo sua liberdade.
Com o passar do tempo o seu livro foi esquecido, devido sua fama de radical.
Em Julho de 1848, nos Estados Unidos da América, as mulheres anti escravagistas organizaram a primeira convenção que falava exclusivamente dos direitos da mulher, milhares de mulheres atenderam o chamado da convenção que dizia: “A história da humanidade é a história das agressões repetidas e das usurpações do homem sobre a mulher”.
Nesta convenção foram exclamadas diversas queixas, como por exemplo: A segregação sexual no sistema educativo e o duplo modelo sexual que induzia um código moral diferente para os homens e as mulheres, cujo princípio parecia estar diminuindo o respeito próprio das mulheres e reduzi-las a uma vida dependente; direito de propriedade independente; direito de tutela dos filhos e direito ao voto.
Depois da guerra civil americana e da emancipação dos alforriados, exceto das mulheres, brancas ou negras, as relações senhor-escravo e macho-fêmea perderam força, assim como, a visão de democracia universal dinamizado pelo movimento das mulheres.
No fim do século XIX, as idéias sobre a mulher que merecia os