O poder na união soviética
Com a morte de Lênin em 1924, dois líderes passaram a disputar o poder na União Soviética: Leon Trotsky, segundo homem da Revolução de Outubro (cuja habilidade militar durante a guerra civil russa lhe deu grande prestígio), adepto da Revolução Permanente; e Josef Stalin, Secretário-Geral do Partido Comunista da URSS depois de 1922 (que teve um valor bastante insignificante durante a Revolução, sendo apenas o editor do jornal Pravda), que defendia a tese do Socialismo em um só país. A disputa entre Trotsky e Stálin não ocorre somente como uma briga pessoal pelo poder, sobre o partido e sobre o Estado, mas também devido aos fundamentos políticos divergentes de ambos, envolvendo o ideal de "Revolução Permanente" de Trotsky, e a defesa da política do "socialismo em um só país" de Stálin. Eles divergiam em várias questões, porém, uma questão era básica: como construir o socialismo. Para Stalin e os stalinistas, a revolução socialista deveria ser consolidada internamente na URSS, pois o país estava internacionalmente isolado pelo fracasso de tentativas revolucionárias em outros países e pela hostilidade do mundo capitalista. Segundo Stalin, caso fosse assegurado à independência russa pelo desenvolvimento da indústria pesada, o país poderia, sózinho, construir uma sociedade socialista. Essa é a tese da construção do "socialismo em um só país". Para Trotsky e os trotskistas, a revolução socialista deveria ser levada a onde o capitalismo estava em crise. Acreditavam ser inviável a construção do regime socialista na URSS caso não ocorressem vitórias socialistas em outros países, pois, caso ao contrário, os países capitalistas acabariam com a URSS. Essa é a tese da chamada "revolução permanente", segundo a qual o socialismo deveria ser construído em escala internacional. As principais ideias de Stalin dentro da prática política nas quais se aleja do pensamento de Lênin incluíam a defesa do socialismo em um só país, a noção de que a luta de