O PEQUENO PRINCIPE

Participação e Autonomia
Várias vezes nos referimos ao trabalho coletivo e participativo como ideias centrais para a construção de uma escola democrática e de qualidade. Mas o que isso significa?
Significa o envolvimento de todos em um trabalho de equipe. É que a escola precisa da comunidade para ser construída, o que exige verdadeira participação.
Participação, neste sentido, é associar-se pelo pensamento e pelo sentimento. Não é apenas executar diretrizes que sejam elaboradas por outra pessoa, ou cumprir uma parcela do trabalho. É compartilhar, o que exige reflexão, capacidade de informação, adoção de posicionamentos, capacidade de fazer escolhas, de deliberar, de acompanhar e avaliar as ações desenvolvidas. Afinal, participar é essencialmente tomar parte.
Significa conhecer as necessidades da comunidade escolar, refletir sobre essas demandas, transformá-las em ações.
Para que essa participação seja efetiva, todos devem ter garantida a possibilidade de expressar suas necessidades. Esse é o ponto de partida para o trabalho coletivo.
Falamos de participação de uma maneira em que cada um possa ser capaz de se posicionar, de se informar e de colaborar nas decisões, com autonomia, outro conceito muito importante, que pode ser entendido como a faculdade de se governar por si mesmo. É, pois, o contrário de heteronomia, situação em que a pessoa ou grupo de pessoas recebe de um elemento exterior as condições ou leis a que deve se submeter.
No caso da escola, a autonomia é condição para que a gestão seja adequada à realidade da comunidade por ela atendida.
A autonomia da escola não é dada e sim conquistada. É como na vida da gente. Ninguém nos dá autonomia. A capacidade de se cuidar, de decidir sobre o que é certo ou errado é algo que vamos conquistando, que vamos aprendendo a fazer ao longo do nosso próprio desenvolvimento, à medida que vamos crescendo, amadurecendo.
Quando a autonomia é de um grupo de pessoas acontece da mesma forma. Vai sendo conquistada com a