O patriarcalismo das forças armadas do brasil
INTRODUÇÃO
Este trabalho disserta a respeito do conservadorismo patriarcal das instituições militares brasileiras que compõe as forças armadas, sendo elas o exército, a marinha e a aeronáutica. O trabalho expõe na íntegra diferentes perspectivas. Ele mostra a perspectiva de ONG’s feministas e pró-inclusão GLBTTS de diferentes partes do Brasil. Também consta no trabalho as perspectivas de oficiais das próprias forças armadas, captadas através de entrevistas, feitas pelos membros do grupo, aos oficiais de diferentes gêneros, etnias, idades e cargos. Alguns dos oficiais entrevistados, inclusive, nasceram e atuaram em diferentes estados do Brasil. Este texto aborda a discriminação da instituição militar para com a mulher e o homossexual. Contudo, qualquer generalização relacionada à posição das forças armadas deve ser doravante desconsiderada, uma vez que as opiniões dos entrevistados não representam a instituição das forças armadas em si, mas sim as opiniões dos mesmos para com tal instituição.
O FEMINISMO E O MOVIMENTO HOMOSSEXUAL
A mulher e o homossexual, tradicionalmente, têm sido aviltados por um patriarcalismo machista muito anterior à Idade Contemporânea. Contudo, desde o início do século XX, a situação mudou rapidamente pelo mundo inteiro. A revolução russa de 1917 concedeu o direito de voto às mulheres e, em 1930, elas já votavam na Nova Zelândia (1893), na Austrália (1902), na Finlândia (1906), na Noruega (1913) e no Equador (1929). Por volta de 1950, a lista compreendia mais de cem nações. O feminismo ressurgiu com ainda mais vigor depois da segunda guerra mundial, sob a influência de obras como Le Deuxième Sexe (1949; O segundo sexo), da francesa Simone de Beauvoir, e The Feminine Mystique (1963; A mística feminina), da americana Betty Friedan. No Reino Unido destacou-se Germaine Greer, australiana de nascimento, autora de The Female Eunuch (1971; A mulher eunuco), considerado o manifesto