O Parnasianismo e Simbolismo
A poesia parnasiana representa uma tentativa de recuperar os ideais clássicos varridos pelo Romantismo e restabelecer o equilíbrio, a razão e a objetividade. Imitando os modelos greco-latinos, os parnasianos contentam-se em cultivar temas convencionais e aspiram ao perfeccionismo formal e ao purismo linguístico. preocupa-se com a forma e a objetividade, com seus sonetos alexandrinos perfeitos. Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira formam a trindade parnasiana.
O Parnasianismo é a manifestação poética do Realismo, dizem alguns estudiosos da literatura brasileira, embora ideologicamente não mantenha todos os pontos de contato com os romancistas realistas e naturalistas. Seus poetas estavam à margem das grandes transformações do final do século XIX e início do círculo XX.
“Diferentemente do Realismo e do Naturalismo, que se voltaram para o exame da realidade, o Parnasianismo representou, na poesia, o retorno à orientação clássica, ao princípio do belo na arte, à busca do equilíbrio e da perfeição formal. Os parnasianos acreditavam que o sentido maior da arte reside nela mesma, em sua perfeição, e não no mundo exterior”.
O Parnasianismo distancia-se da realidade, voltando-se para si mesmo. Assim, os parnasianos achavam que o objetivo maior da arte não é tratar dos problemas humanos e sociais, mas alcançar a perfeição em sua construção: rimas, métrica, imagens, vocabulário seleto, equilíbrio, etc. A poesia parnasiana apresenta uma linguagem muito complicada, o soneto como forma fixa, o materialismo, sentimento contido e predomínio da 3ª pessoa. A primeira publicação considerada parnasiana propriamente dita é a obra Fanfarras (1882), de Teófilo Dias, mas coube a outros escritores o papel de solidificar o movimento entre nós.
O poeta modernista Oswald de Andrade criticou, severamente, os parnasianos: “Só não se inventou uma máquina de fazer versos já havia o poeta parnasiano.”
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