O paradoxo do enfartado
Recentemente, conversando com o vice-presidente de uma importante organização, trocávamos idéias sobre o assunto: visão de curto prazo versus visão de longo prazo. Foi quando nasceu a inspiração para escrever este texto.
A semelhança do exemplo de pessoas físicas acima relatadas com as organizações é absolutamente vigorosa. De forma genérica, há uma compulsão atávica – no plano antropológico, se quiser, até no inconsciente coletivo junguiano – de se privilegiar o curto prazo nas organizações, em detrimento do pensamento de longo prazo.
Há um paradigma, principalmente na cabeça dos líderes, no seguinte formato: se temos dinheiro hoje, estamos garantidos para o resto da vida. Por mais que consultores alertem sobre fatores de riscos de vida para sua organização, novos hábitos à semelhança dos relatados nos casos das doenças cardiovasculares, não só não são assumidos como são execrados de maneira veemente. Em pesquisas junto a mais de dez mil empresários e executivos, concluiu-se que a maioria absoluta destes comandantes de organizações determina que o maior e único objetivo de uma empresa é o lucro. É importante lembrar que quando se quer maximizar o lucro, determina-se taxativamente a maximização de receitas e a