o papel do psicólogo no contexto da saúde mental
Para entendermos o papel do psicólogo, descrevermos sobre o psicologismo e assistencialismo no contexto da mudança da saúde mental tratada de forma institucional e a mudança para o tratamento em rede através das políticas públicas, se faz necessário compreendermos um pouco esse conceito de loucura na visão do profissional e na visão popular.
De forma simplificada o conceito de loucura passa pela psicologia como alteração mental, o sujeito louco é aquele que tem um sofrimento psíquico, dessa forma não consegue uma organização nas suas relações tão pouco na sua personalidade. Pela via da sociedade (o dito popular) o louco é visto através de adjetivos, um ser de aparência estranha, anormal,uma pessoa irracional e incompreensível.
Segundo SANT’ANNA ; ALBUQUERQUE (2006, p. 370), “ Em meio a multiplicidade de abordagens, os profissionais de Psicologia têm dificuldade em estabelecer os princípios que devem ser plicados no cuidado com os loucos, no que tange aspecto psíquico, à história de vida, à cultura em que se encontra inserido, etc.” Assim tendo em vista o Psicólogo como membro do sistema de saúde, seu trabalho deve ser feito em redes, através de equipes multidisciplinares que possibilite ações coletivas e integradas bem como trocas de conhecimento com o intento de resguardar a atuação excessiva de ciências distintas sobre esse louco. (RIBEIRO, 1998).
O entendimento do louco como uma pessoa que têm direitos e que deve ser tratado e respeitado em sua totalidade é um conceito novo. Desde o século XVII que há locais para “abrigar” essas pessoas consideradas “especiais”, o objetivo não era o tratamento ou bem estar desses indivíduos mas sim promover o bem-estar da burguesia, esse locais tinham como finalidade retirar do incomodo social aqueles que fugiam dos comportamentos “padrões” da sociedade, como lembra Pessotti (2001 apud SANT’ANNA; ALBUQUERQUE, 2006). Ao médico foi dado o poder de decide sobre o destino do doente/louco, só ele