O papel do idoso na sociedade
Escolhemos, portanto tratar de um público muitas vezes esquecido pela maioria de nós: os idosos. Diagnosticamos basicamente dois tipos de problemas ligados a estes na televisão: ênfase em características negativas e pouca representação dos mesmos. A estereotipação feita pela mídia de uma velhinha sentada na cadeira de balanço, vestida com xale e fazendo tricô, torna-se imagem predominante quando associamos a imagem do idoso as suas reais características. A visão que a sociedade tem hoje do mundo da velhice é uma construção do marketing comercial. Nossa cultura valoriza muito a juventude, pelo histórico de um país jovem, porém o número de idosos vem crescendo de forma gradativa, fazendo parte de um grupo de mais de 14 milhões de pessoas, representando 8,6% da população total. O preconceito contra o idoso esta presente em nossa sociedade e é com freqüência manifestado pela falta de sensibilidade e de solidariedade, tornando depreciativo o destino inevitável de todos nós: envelhecer. O envelhecimento é entendido como parte integrante e fundamental no curso da vida de cada indivíduo. É nessa fase que emergem experiências e características próprias e peculiares resultantes da nossa trajetória. Um fator importante a ser levado em conta é o lugar do idoso na família e no contexto social. Após a aposentadoria, o idoso exerce função própria no convívio familiar, seja como provedor parcial e mesmo total de renda ou simplesmente de avós, sobrando pouco tempo ou recursos para atividades de lazer e diversão. Os que disponibilizam desses benefícios representam uma parcela específica da sociedade. Para aqueles que não têm acesso a atividades de lazer e mesmo a uma alimentação adequada está reservado o lugar de exclusão e abandono. O que leva muitos idosos terminarem suas vidas esquecidos em asilos, que muitas vezes são precários e não suprem suas necessidades. Apesar de seu papel desconstrutor, o asilo faz emergir a possibilidade de reconstrução de