O papel da sátira em Voltaire
Leibniz, que pode ser percebida claramente no trecho: ”Está demonstrado, dizia ele, que as coisas não podem ser de outra maneira: pois, como tudo foi feito por um fim tudo está necessariamente destinado ao melhor fim. Queiram notar que os narizes foram feitos para usar óculos, e por isso nós temos óculos. As pernas foram visivelmente instituídas para as calças. As pedras foram feitas para serem talhadas e edificar castelos e por isso
Monsenhor tem um lindo castelo; o mais considerável barão da província deve ser o mais belo alojado; e, como os porcos foram feitos para serem comidos, nós comemos porco o ano inteiro: por conseguinte, aqueles que asseveravam que tudo está bem disseram uma tolice. Deviam era dizer que tudo está o melhor possível”. (VOLTAIRE, 1759; p.5) A crítica direcionada a igreja surge da ideia de que a igreja não permite liberdade de pensamento e autonomia. A sátira é visível no seguinte trecho: “Passando os olhos por cima deste mundo, penso que Deus o abandonou a um ser daninho”.