O papel da mulher na sociedade contemporânea
Infelizmente, no dia 31 de março completarão 46 anos após o Golpe de 64. Foram vinte e um anos de tortura, assassinatos e prisões ilegais pagas com o dinheiro do povo. A ditadura militar foi um período da história do Brasil, marcado pela violência e pela falta de liberdade. Ao todo, 426 brasileiros foram mortos e presos pelos militares. Alguns foram assassinados e torturados, e a maior parte teve seu cadáver ocultado.
Nesse baú de crueldades, as torturas cometidas nessa época, incluíam choques elétricos, afogamentos e muita pancadaria. Em 1968, o início do período mais duro do regime militar, a tortura passou a ser amplamente empregada, especialmente para obter informações dos militantes e pessoas envolvidas com a luta pela democracia em nosso país.
Contando com a "assessoria técnica" de militares americanos que ensinavam a torturar, grupos policiais e militares começavam a agredir no momento da prisão, invadindo casas ou locais de trabalho. A coisa piorava nas delegacias de polícia e em quartéis, onde muitas vezes havia salas de interrogatório revestidas com material isolante para evitar que os gritos dos presos fossem ouvidos.
Os relatos indicam que os suplícios eram duradouros. Prolongavam-se por horas, eram praticados por diversas pessoas e se repetiam por dias, as mulheres torturadas eram as que mais sofriam por abusos sexuais, xingamentos, humilhações, pancadarias entre outras formas de violência que usou nesse período sombrio.
Segue abaixo, a história de várias militantes que foram assassinadas pelos seus torturadores no período da Ditadura Militar. São mulheres de diferentes cidades do Brasil. Algumas amamentavam. Outras, grávidas, pariram na prisão ou, com a violência sofrida, abortaram. Não mereciam o inferno pelo qual passaram, ainda que fossem bandidas e pistoleiras. Não eram. Eram estudantes, professoras, jornalistas, médicas, assistentes sociais, bancárias, donas de casa. Quase todas militantes,