O papel da contabilidade no processo de gestão de uma entidade do terceiro setor do
A gestão eficaz das entidades depende de modelos contábeis inspirados nos aspectos legais e em princípios fundamentais e normas de contabilidade. Este trabalho tem como objetivo propor modelo para o processo de gestão contábil, aplicável a uma entidade do terceiro Setor da Cidade de Caratinga/MG. O estudo destaca estratégias para que as empresas do terceiro Setor, que são instituições sem fins lucrativos, possam obter recursos, além de aspectos legais, tributários e contábeis. Uma área crescente de atuação no Brasil é o terceiro setor relacionado à área social e assistencial. Essas entidades surgem na perspectiva de preencher lacunas existentes no campo social em que o setor público e privado não atuam. O Terceiro Setor segundo Melo (2003, p. 1) “é constituído pelas organizações que não pertencem à esfera do Estado nem à esfera do mercado. São todas as organizações sem fins lucrativos e não governamentais”. Entretanto, Bose (2004, p. 1) relata que o Terceiro Setor pode ser definido como: “o espaço composto por organizações privadas, sem fins lucrativos cuja atuação é dirigida a finalidade coletivas ou públicas”. As Empresas do Terceiro Setor são criadas para ocupar um lugar vazio deixado por um Estado deficiente na resposta às demandas da população. Falconer (1999, p. 2) define que: “o Terceiro Setor no uso corrente, é usado para se referir a ação social das empresas, ao trabalho voluntário de cidadãos, as organizações do poder público privatizado na forma de fundações e organizações sociais”. Os problemas de administração das organizações do terceiro setor são tão antigos quanto elas próprias, embora a gestão dessas organizações seja uma discussão recente no universo das ONGs. Até a década de 70, termos como administração eram repudiados por sua associação com a cultura das empresas, do mercado e, portanto, com a lógica econômica, identificada como incompatível com uma organização sem fins