O OUTRO LADO DA HIST RIA BRUXA X MULHER
Na obra Bruxas: figuras de poder, observa-se que a autora Paola Basso Menna Barreto Gomes Zordan, retrata a figura da mulher como “As mulheres que tanto a história como a imaginação popular mitificaram como “bruxas” constituem figuras que expurgam as fobias da Contra Reforma”.
Nessa perspectiva, a autora aborda que historicamente, os preconceitos surgiram em torno da época medieval, considerada por muitos como “Era das trevas”, apesar de, alguns registros existentes denotarem a ignorância e o fanatismo religioso, nesse período, houve uma expressiva contribuição na produção artística e literária.
Nesse contexto, a imagem constituída da figura feminina configurava-se em uma figura mística bastante eclética que surgiu trazendo a ambiguidade, ou seja, a bruxa pode ser tanto a bela jovem sedutora, quanto qualquer outro ato cometido pela mulher, no decorrer dos séculos.
Mesmo assim, através de lutas e resistências, as mulheres lutaram para ter voz, por um lugar na sociedade e por seus direitos. Foram corajosas e não se abateram diante de tais fatos, impostos pela figura mal atribuída a elas.
Doravante, o fato de algumas mulheres serem denominadas pejorativamente de bruxas, atribuía às mesmas, um aspecto negativo de que eram devoradoras e perversas, que matavam recém-nascidos, comiam carne humana, participavam de orgias, transformavam-se em animais, tinham relações íntimas com demônios e entregavam sua alma para o diabo.
Segundo Zordan, o arquétipo da mulher bruxa que se constituiu na Idade Média, ao mesmo tempo, colaborou de forma substancial para que essa figura feminina tornar-se uma a mulher independente, altamente competente e geralmente difundida nas classes.
Mesmo nas mais idosas, a presença do sensualismo, é inevitável, pois as atribuições fálicas fazem de todas as bruxas figuras sexual por excelência. Contudo, a mulher conquistou seu lugar, porém não mais com traços de opressão, mas sim, com traços fortes. Passando