Candomble

Candomblé A cultura diz respeito a um conjunto de hábitos, comportamentos, valores morais, crenças e símbolos, dentre outros aspectos mais gerais, como forma de organização social, política e econômica que caracterizam uma sociedade. Portanto não podemos ignorar a relação entre cultura e Religião, já que ambas exercem papel significativo na vida das pessoas. O Brasil é um país religiosamente diverso, com tendência de tolerância e mobilidade entre as religiões. O censo feito pelo IBGE em 2010 mostra a divisão da população entre as religiões. Em sétimo lugar, com 167.363 (0,09%) de praticantes está o Candomblé, pouco conhecida mas muito descriminada. O Candomblé é uma religião originária do continente africano, trazida para o Brasil pelos escravos e presente aqui há cerca de 500 anos. Derivada do Animismo africano, que significa “alma da natureza”, os praticantes têm uma ligação muito forte com a natureza, os elementos e frutos dela. Nesse período, a Igreja Católica proibia o ritual africano e ainda tinha o apoio do governo, que julgava o ato como criminoso, por isso os escravos cultuavam seus Orixás, Inquices e Vodus omitindo-os em santos católicos. Os Orixás são as divindades do Candomblé. Sendo vistos como elementos da natureza, cada Orixá representa uma de suas forças. Ao todo são 401 orixás que compões o panteão africano. Ao cultuar os Orixás, os candomblecistas cultuam, também, as forças elementares oriundas da água, terra, fogo e ar. Para os praticantes desta religião, essas forças, quando em equilíbrio, produzem uma enorme energia, que os auxilia no dia-a-dia. Alguns dos mais conhecidos orixás são:
Oxalá, Pai dos orixás.
Iansã, a Deusa dos ventos.
Oxum, a mãe da água doce.
Xangô, domina raios, trovões.
Omolu, representa a terra.
Exú, senhor do poder.

Para o culto de cada orixá há diferentes rituais, esses rituais são realizados no Ilê, também conhecido como Terreiros, que podem ser liderados por homens, mulheres ou ambos que estejam iniciados