O Oráculo de Apolo
Sumário
O oráculo de Apolo O oráculo de Apolo, com as sucessivas reveleções, condiciona o desenvolvimento do mito, sustentando-se na ideia de que o destino é previamente definido e determinado pelos deuses. Podemos distinguir vários momentos e com finalidades diferentes nas revelações do oráculo – Em resposta ao povo suplicante mediante a pestilência que se alastrou pela cidade, informa que alguém matou Laio(1º); Édipo procura a origem do mal que abraça a cidade(2º); Comunicam que foi Édipo que matou Laio(3º); Édipo questiona a verdade da mensagem(4º); O oráculo vai-se confirmando(5º); O oráculo confirma-se na totalidade(6º) – que condicionam totalmente o desenvolvimento da narrativa, havendo uma espécie de ideia determinista e fatalista acerca do futuro dos humanos, em consequência do que Édipo vai passar. Assim, no primeiro momento de revelações, em resposta ao povo suplicante, Édipo manda Creonte ao templo de Apolo consultar o oráculo de Apolo para saber o que deviam fazer para salvar a cidade. Eis que Creonte surge com a mensagem de que o motivo da pestilência que abraça a cidade é o do culpado pela morte de Laio estar na cidade, em consequência, é pedido que purifiquem a cidade, que punam o assassino. Neste primeiro momento verificámos que a narração se desenrola em função da reveleção do oráculo, uma vez que, em resposta ao povo suplicante, Apolo começa a revelar o motivo da pestilência e Édipo vai reunir todos os esforços para descobrir e punir o culpado pela morte do anterior Rei de Tebas (Laio, ex-marido de Jocasta). Fruto da revelação do Oráculo, no segundo momento da narração, Édipo procura incessamente o assassino conversando com Creonte, Corifeu e, posteriormente, com Tirésias. Neste segundo momento da revelação, podemos destacar o facto de haver a intenção de fazer com que o auditório se comece a identificar com história – está presente a ideia de conhecimento da