O olimpismo
O Movimento Olímpico Moderno renasceu com a preocupação de universalizar a instituição desportiva.
O Movimento Olímpico moderno, pautado no modelo grego, renasceu com a preocupação de universalizar a instituição esportiva. Exerceu papel de destaque nesse processo o francês Pierre de Freddy, conhecido pelo título nobiliárquico de Barão de Coubertin. Educador, pensador e historiador, quando se empenhou na reorganização dos Jogos Olímpicos intentava revalorizar os aspetos pedagógicos do esporte grego, muito mais do que assistir a conquista de marcas e quebra de recordes. Sua preocupação fundamental era valorizar a competição leal e sadia, o culto ao corpo e à atividade física, reflexo de sua concepção humanista. Inspirado nos jogos da Grécia Helênica e no modelo educativo das escolas públicas britânicas, esse aristocrata francês via o esporte como um fator indireto para o equilíbrio entre as qualidades físicas e intelectuais - “mens sana in corpore sano” (mente sã em corpo são) - e assegurar a paz universal. Em junho de 1894, diante de uma plateia que reunia representantes de 12 países para um congresso esportivo-cultural em Paris, Coubertin apresentou a proposta de recriação dos Jogos Olímpicos para a capital francesa em 1900, como parte das comemorações da virada do século que ocorreria em seis anos. A proposta foi aprovada por unanimidade, apesar da ignorância da maioria da platéia sobre a história e a tradição dos jogos gregos, mas diferentemente do que havia sugerido o proponente, a competição foi antecipada para o ano de 1896, para a Grécia, como uma deferência aos criadores dos jogos originais. A idéia de organizar os Jogos Olímpicos por representações nacionais exigia a criação de uma instituição capaz tanto de normatizar a participação de atletas como de escolher as modalidades disputadas, muitas delas recém-criadas e sem um corpo de regras universalizadas. Foi então criado um comitê com representantes de