O olho do caçador
José Ângelo Gaiarsa é um médico psicoterapeuta há meio século, com mais de 20 livros publicados sobre a especialidade. Este trabalho se baseia em seu conto “O Olho do Caçador”, onde ele nos mostra um pouco de sua experiência e o seu ponto de vista, referente a agressividade inserida na sociedade. Não se sabe ao certo como surgiu a agressão em meio ao homem, se ela é fator das relações humanas ou se é resultado das forças das posições sociais. A única coisa que se sabe é que ela é conhecida desde o início de nossa história, desde o começo usamos os diversos tipos de agressão para sobrevivermos e ferirmos os outros, ela é como um instinto que evolui e que está presente em nosso gene. O ser humano vive buscando motivos para liberar a agressão que cultiva em seu interior, e com o passar dos anos encontra várias justificativas, seja pela sobrevivência, seja pela religião, ou pela maneira de defender aquilo que é dele, sempre encontra um modo de liberá-la. Conforme a sociedade foi evoluindo, a agressividade seguiu o mesmo passo, evoluiu para os mais inusitados métodos que se pode imaginar. Este trabalho tem como propósito, mostrar os diversos tipos de agressão presentes no decorrer da evolução de nossa civilização.
A agressividade presente na sociedade
A sociedade sofreu um processo gradual de transformação ao longo do tempo. O tipo mais primitivo de organização social é a tribal, onde os indivíduos viveram juntos para garantir a sobrevivência de todos. Essas tribos dedicavam-se à busca de alimentos e instalavam-se de forma provisória em cavernas e acampamentos. À medida que se esgotavam as reservas naturais ou as condições climáticas assim o exigissem, mudavam-se para outros lugares mais favoráveis ao grupo. Com o domínio do fogo, o homem aperfeiçoou a transformação em armas para a caça, que junto à extração de alimentos vegetais era a fonte de alimentação. No entanto, a estrutura