O Novo Velho Chico

O Novo Velho Chico Ao longo do tempo, várias civilizações fixaram-se às margens de diversos rios: Os egípcios ao redor do Rio Nilo, os chineses ao redor do Amarelo, os ingleses, do rio Tâmisa, entre outros, justo porque a água é fundamental para a manutenção da vida e das atividades econômicas. No Brasil, a generosidade da natureza aparece na extensa variedade de fauna e flora, e nas grandes bacias hidrográficas: Bacia do Amazonas, do Prata, do São Francisco... O Rio São Francisco, nascendo em Minas Gerais, serpenteia as áridas terras do sertão nordestino. Contudo, não alcança todos os municípios do agreste brasileiro. Visando minimizar o problema da seca na região nordeste, tem-se, desde a época do Brasil colônia, mais precisamente na regência de Dom Pedro II, a idéia de se transpor as águas do Rio São Francisco para combater a seca naquela região. Somente no primeiro mandato do presidente Luis Inácio ‘’Lula’’ da Silva o projeto é retomado efetivamente, reaquecendo os debates sobre os prós e os contras desta empreitada. Debates estes, que passaremos a analisar nesta síntese.
É inegável que a idéia de se levar água ao Polígono das Secas é louvável. Amenizar o sofrimento do sertanejo na questão da água é de grande valia. A transposição do Rio São Francisco irá dinamizar a agricultura e consequentemente o comércio local, gerando centenas de empregos diretos e indiretos. Aponta-se ainda a fixação do homem no campo, combatendo assim o êxodo rural e o agravamento do inchaço populacional das metrópoles regionais. Além disso, a melhoria na qualidade da água tende a diminuir os altos índices de doenças e óbitos por consumo de água contaminada.
Por outro lado, existem os problemas do desequilíbrio ambiental gerado pela transposição do rio, tais como: diminuição da vazão do rio em caráter permanente, comprometimento dos ecossistemas da região, aumento dos processos erosivos pela combinação de agentes exógenos - água e ventos- e vários outros danos, que dificilmente