O Nome da Rosa
Escola Superior de Educação
O Nome da Rosa:
A personagem Guilherme
Baskerville
Viseu, Abril de 2000
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Índice
1. Nota Prévia
2. A Personagem Guilherme Baskerville na obra literária
2.1 A importância do narrador
2.2 O contexto histórico do romance
2.3 Os sete dias que abalaram a fé
2.4 A biblioteca como reservatório do saber
2.5 A sagacidade de Guilherme
3. A Personagem Guilherme Baskerville no filme
3.1 A importância do narrador
3.2 O contexto histórico do filme
3.3 Os sete dias que abalaram a fé
3.4 A biblioteca como reservatório do saber
3.5 A sagacidade de Guilherme
4. Comentário Final
5. Referências Bibliográficas
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O Nome da Rosa: A
personagem Guilherme Baskerville
1.Nota Prévia
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O Nome da Rosa: A
personagem Guilherme Baskerville
Qualquer romance é susceptível de possuir as mais diversas interpretações para além daquela que as palavras escritas pelo autor efectivamente querem significar.
Como sabemos, as palavras podem ser unívocas, análogas e até equívocas, podendo dar azo ás mais variadas explicações.
No entanto, esta diversidade de significação possível, não quer dizer que todas as obras pretendam propositadamente esconder o seu sentido real e verdadeiro. Porém, embora nem todos os livros tenham como objectivo principal enganar os seus leitores, outros existem que possuem na sua construção verdadeiros labirintos, onde a sua mensagem real é muitas vezes de difícil interpretação.
Para nós não existe a menor dúvida de que “O Nome da Rosa” é uma obra labiríntica, cujo conteúdo é muitas vezes insondável, como a verdade que guarda e quiçá enganador como a mentira, não chegando, no entanto esta, a efectuar a sua aparição.
O autor chega a afirmar que “até mesmo o leitor mais ingénuo terá pressentido que se encontra perante uma história de labirintos, e não de labirintos espaciais1”. Esta frase revela a