O nome cientifico
Uma vez entendido o surgimento e a necessidade de um sistema de classificação universal, pasaremos a discutir a formação do nome científico. Um nome cientifico é composto por duas partes: a primeira é o nome genérico. Este nome refere-se ao gênero que engloba determinada espécie. Pode ser escrito sozinho quando estamos nos referindo a todas as espécies daquele gênero. Quando queremos nos referir a uma determinada espécie daquele gênero, acrescentamos logo após ao nome do gênero, o epíteto específico. Este nome é que caracteriza a espécie e é único em todo o mundo. Por exemplo:
Viola tricolor
(amor-perfeito)
.
Viola
é o nome genérico, que serve
para todas as plantas do gênero
Viola
(
Viola rostrata
,
Viola quercetorum
,
etc). Já o nome tricolor é o epíteto específico, pois é específico desta
espécie. A combinação entre nome genérico e epíteto específico é única no mundo e só pode caracterizar uma única espécie.
Veja bem, a combinação entre os dois é que é específica. Pode haver diferentes espécies de gêneros distintos com o mesmo epíteto específico e mesmo assim estar de acordo com as normas de nomenclatura.
Por exemplo: biennis é um epíteto específico presente no nome de
várias espécies, mas de diferentes gêneros.
Artemisia biennis
,
Lactuca
biennis
,
Oenothera biennis
, entre outras biennis existentes, são plantas
diferentes e seus nomes estão perfeitamente de acordo com as regras de nomenclatura. Quando mencionado, o epíteto específico deve ser sempre acompanhado do nome genérico. Mesmo quando abreviado, este deve aparecer:
A. biennis
,
L. biennis
, e assim por diante.
O único inconveniente pode ocorrer se uma espécie passa por uma revisão taxonômica e descobre-se que ela estava incluída em um gênero errado. Se o novo gênero daquela planta já tiver uma planta com aquele epíteto específico, a última especie incluída deverá mudar de epíteto específico. Por exemplo (exemplo