O Nariz
O conto surreal de Nikolai Gogol conta a história de um nariz que resolve sair do rosto que lhe pertence, adquirindo vida própria, então decide andar pelas ruas de São Peterburg com sua estranha autonomia dizendo ser Conselheiro de Estado. A história se baseia no major Kovalióv dono do nariz ambulante, desesperado a procura de seu nariz, onde terá que percorrer há vários lugares da cidade para encontra-lo e recoloca-lo no lugar para que possa ir aos seus compromissos importantes.
Problema Filosófico
Máscara Social. Sobre diversas pessoas, diversos lugares, diversos contra tempos existem máscaras sociais de todo o tipo e forma, cada uma se encaixando de maneira correta no individuo. As máscaras não têm fim e aquele que pretende usar, necessita ser o mais adaptável, ele deverá ter no seu guarda roupa uma série delas, talvez um para cada momento. A partir do momento em que o individuo toma consciência de si, ele irá moldar o seu jeito de pensar, falar, se vestir, agir mediante de uma situação, colocando uma Máscara. Rousseau dizia que a sociedade tende a alienar na medida em que o educa objetivando apenas encaixá-lo numa sociedade em que, o que predomina, é somente o mundo das aparências, o que retrata bem a obra de Nikolai, pois o major estava preocupado com sua aparência diante da sociedade, não podia simplesmente aparecer nas ruas sem nariz. “(…) Se lhe mostrarmos o mundo antes que ele conheça os homens não é formá-lo, é corrompê-lo; não é instruí-lo, é enganá-lo” (Rousseau, 2004, p. 404). Rousseau acreditava que uma criação isolada, faria diferença para que o individuo não fosse corrompido, para poder atuar como um cidadão consciente na sociedade, mesmo que o sujeito seja educado isoladamente, atingindo gradualmente uma idade da razão, estes poucos conhecimentos que terá, serão de fato seus e não postos pela sociedade. Acredito que hoje em dia se tornou algo inevitável, se tornou inevitável não ter um ''jogo de Máscara'' no qual a sociedade te